terça-feira, 3 de maio de 2011

IPT responde sobre Aterros - Téchne

Divulgação: Geofoam

Reforço com EPS
Quais os critérios para dimensionamento de aterros com blocos de EPS (isopor)?


R.: Um aterro leve constituído por blocos de EPS (Poliestireno Expandido) possui cinco unidades básicas:
Blocos de EPS: responsáveis por formar o corpo do aterro, resistindo às solicitações externas, e possuindo massa específica reduzida de forma a não comprometer a fundação do aterro. Usualmente são utilizados blocos de massa específica variando de 15 kg/m3 a 30 kg/m³; 

Base: fina camada de solo que tem a função de regularizar a superfície e receber o aterro composto pelos blocos;
Cobertura: composta por uma camada com cerca de 80 cm de solo compactado (com ou sem uma laje de concreto, dependendo das condições da obra) sobre o aterro leve, que redistribui uniformemente as cargas de superfície, protege o EPS contra puncionamentos e impactos localizados e confina os blocos;
Sistema de drenagem: drenos de areia e/ou de geossintéticos que evitam subpressões de flutuação no aterro, provenientes do contato extremamente prejudicial do EPS com a água. Outro motivo para impedir esse contato é a absorção de água pelos blocos, que resultam em um aumento drástico de sua massa específica, e consequente perda da função de aterro leve; 
Sistema de impermeabilização: formado por geomembranas, é extremamente indicado em aterros de rodovias, pois impede o contato de substâncias nocivas aos blocos de EPS (por exemplo derivados de petróleo).


O dimensionamento de aterros com blocos de EPS deve ser realizado em duas etapas considerando-se, em ambas, todas as solicitações (externas e internas) presentes na obra.

A primeira etapa consiste no dimensionamento global da estrutura e deve garantir a segurança contra os mecanismos de ruptura normalmente adotados em aterros convencionais, tais como deslizamento na base da estrutura; tombamento; capacidade de carga da fundação e ruptura global.
A segunda etapa baseia-se no dimensionamento local dos blocos de EPS e deve considerar a resistência mecânica dos blocos (compressão, tração, flexão, cisalhamento e fluência), e o controle de flutuação do aterro. É importante que nessa etapa seja feita a modulação do aterro de forma a evitar continuidades verticais e horizontais entre as juntas de blocos.
Leia mais
n Manual de Utilização de EPS
Abrapex - Editora PINI, 
www.lojapini.com.br
José Orlando Avesani Neto, engenheiro civil, Seção de Geotécnica, avesani@ipt.br

Rafael Ribeiro Plácido, engenheiro civil, Seção de Geotecnia, 
rplacido@ipt.br

Thelma Sumie Maggi Marisa Kamiji, engenheira civil, Seção de Geotecnia, 
tsumie@ipt.br

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