domingo, 29 de maio de 2011

UFRJ desenvolve casas sustentáveis e baratas

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25/05/2011 – A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) desenvolveu cinco modelos inovadores de habitações verdes, destinadas à baixa renda e que custam até R$ 1 mil por metro quadrado. Os projetos prevêem economia de energia e água, conforto térmico, facilidades para reciclagem e menor geração de resíduos.
Com investimento da indústria de cimento Holcim, a Faculdade desenvolveu cinco modelos de plantas, com metragens que variam de 46m² até 68m². O programa, chamado "Minha Casa Holcim", permitirá aos consumidores de baixa renda construir habitações verdes por valores inferiores a R$50 mil, informou a assessoria de imprensa da empresa.
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Ginásio poliesportivo - Revista Infraestrutura

A especificação e o dimensionamento corretos de cada subsistema possibilitam construção adequada à múltiplas modalidades esportivas. Veja referenciais de projeto

São muitos os erros cometidos quando se desenvolve um projeto de ginásio poliesportivo, e isso pode ser constatado quando se analisa a eficiência de uso dessas construções nas pequenas e até grandes cidades em todo Brasil. Um projeto deficiente pode ser plenamente aceito por prefeituras que não contam com um corpo técnico especialista no assunto, e parte-se para a construção de um equipamento caro que irá gerar inconveniências e até impossibilidade de uso por toda uma gestão.
As falhas vão desde a correta dimensão da quadra (especificação facilmenteencontrada em sites oficiais de cada modalidade) até casos mais inverossímeis, como a falta de acesso entre o piso da quadra e a arquibancada.
Fonte: ARQ-PE-FLH
Planta térrea de ginásio poliesportivo projetado pelo escritório Castro Mello segundo as normas técnicas brasileiras. Ginásio tem capacidade de público de 500 pessoas, quadra poliesportiva de 24 m x 45 m, quatro bilheterias, oito sanitários, sendo quatro adaptados, dois vestiários para atletas e outros dois para árbitros.

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Sanitários públicos para cadeirantes - Revista Infraestrutura

Sanitários com acessibilidade universal contam com barras de apoio e áreas adequadas para circulação e transferência


Para permitir o acesso irrestrito de cadeirantes e pessoas com deficiência física, os sanitários precisam seguir normas de acessibilidade quanto à instalação de bacia, lavatório, barras de apoio e outros acessórios. Além disso, são necessárias áreas adequadas para circulação e transferência do cadeirante e entradas independentes. Em um banheiro de uso comum, os boxes sanitários acessíveis devem estar próximos à área de circulação principal, além de serem devidamente sinalizados. Segundo a norma NBR 9050, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), 5% da capacidade dos sanitários deve atender aos deficientes. A mesma proporção se aplica a cada uma das peças (espelhos, pias etc.), ou seja, 5% do total de cada item deve ser voltado às especificidades de atendimento a cadeirantes. Essa porcentagem pode variar conforme as leis de acessibilidade municipais, mas segundo a lei federal 10.098/2000 "os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT". Confira detalhes de um projeto de sanitário acessível.


1 Vaso sanitário
Os boxes para o vaso sanitário devem garantir as áreas para transferência diagonal, lateral e perpendicular, além da área de manobra para rotação de 180o da cadeira de rodas. Os vasos devem estar a uma altura entre 0,43 m e 0,45 m do piso (medição entre a borda superior da bacia ao piso). Com o assento, essa altura deve ser de no máximo 0,46 m. Para atingir a altura, sugere-se o uso de bacia suspensa ou de plataforma sob a base , contanto que a plataforma não ultrapasse 5 cm do contorno da base da bacia. O acionamento da descarga de leve pressão deve estar a uma altura de 1 m. É recomendado ainda que a papeleira esteja ao alcance da pessoa sentada no vaso e que, no caso de existência de bacia com caixa acoplada, a distância mínima entre a barra do fundo e a tampa da caixa acoplada seja de 0,15 m.
2 Barras de apoio
Todas as barras de apoio utilizadas em sanitários e vestiários devem ter diâmetro entre 3 cm e 4,5 cm, e estar firmemente fixadas em paredes ou divisórias a uma distância mínima destas de 4 cm da face interna da barra. As barras também devem estar devidamente instaladas nas portas das cabines de sanitários.
3 Lavatórios
Os lavatórios devem ser suspensos, sem colunas ou gabinetes, e com a borda superior a uma altura entre 0,78 m e 0,8 m do piso, e garantir a aproximação frontal para usuários em cadeiras de rodas. É importante que haja uma altura livre mínima de 0,73 m na sua parte inferior frontal - não devem ser utilizadas colunas até o piso ou gabinetes. As torneiras devem ter acionamento por meio de alavanca, sensor eletrônico (célula fotoelétrica) ou do tipo monocomando. O comando da torneira deve estar a no máximo 0,5 m da face frontal do lavatório.
Se o espelho for instalado na posição vertical, a altura da borda inferior deve ser de, no máximo, 0,9 m. E a da borda superior de, no mínimo, 1,8 m do piso. Se o espelho for inclinado em 10o em relação ao plano vertical, a altura da borda inferior deve ser de, no máximo, 1,1 m e a da borda superior de, no mínimo, 1,8 m do piso.

Acessibilidade é lei
O decreto-lei 5.296/2004, que regulamenta as leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabelece: Art. 22: A construção, ampliação ou reforma de edificações de uso público ou de uso coletivo devem dispor de sanitários acessíveis destinados ao uso por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.
§ 1o Nas edificações de uso público a serem construídas, os sanitários destinados ao uso por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida serão distribuídos na razão de, no mínimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimento da edificação, com entrada independente dos sanitários coletivos, obedecendo às normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
§ 3o Nas edificações de uso coletivo a serem construídas, ampliadas ou reformadas, onde devem existir banheiros de uso público, os sanitários destinados ao uso por pessoa com deficiência deverão ter entrada independente dos demais e obedecer às normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

Estacas-prancha - Revista Infraestrutura

Tecnologia pode ser usada para obras de contenção provisória ou definitiva

As estacas-prancha são cortinas de contenção formadas por perfis, geralmente metálicos, justapostos e cravados no solo. É uma solução para a contenção vertical. Em obras de infraestrutura, são aplicadas em terminais portuários, passagens de nível em vias e rodovias, contenção para valas de rede de água e esgoto, além de proteção de acessos a túneis, por exemplo. As estacas-prancha formam uma contenção impermeável e podem ser aplicadas de forma definitiva ou provisória. Para um projeto de contenção com essa tecnologia é necessário fazer uma sondagem prévia do solo. Confira detalhes do sistema.


Características
Para orçamento, as estacas-prancha são usualmente dimensionadas em metros quadrados. A execução do sistema é considerada rápida, podendo atingir profundidades expressivas. Em contrapartida, a cravação provoca bastante ruído por conta do bate-estacas e é de difícil execução em solos duros. Em meios urbanos, o transporte de perfis muito compridos exige logística apropriada.

Execução
Para a contenção com estacas-prancha, os perfis são cravados no solo. Eles são intertravados por meio de ranhuras do tipo macho e fêmea, formando paredes verticais. As estacas-prancha são usualmente cravadas com equipamento bate-estacas. Quando são aplicadas de forma provisória - para escavação de fundações, por exemplo - são removidas com um equipamento vibratório suspenso por meio de uma grua, após a construção da estrutura. Nesses casos, é recomendado o uso de perfis com furos para facilitar o içamento.

Perfis
As estacas geralmente são metálicas, em aço. Mas, conforme a aplicação, podem ser de outro material - como o PRFV (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro), mais resistente à corrosão d'água do mar. As cortinas de contenção podem ser montadas com diferentes tipos de perfis, que possibilitam obter geometrias e características diferentes para aplicações específicas. Os mais comuns são:

Tipo AU: apresentam boa relação entre o módulo de elasticidade e o peso/m2. Há economia na quantidade de aço com bom desempenho de instalação.
Tipo AZ: tem como principal característica a mudança de posição das ranhuras de intertravamento. Por conta disso, a tensão máxima não passa pelas ranhuras, o que contribui para aumentar sua capacidade de estrutura favorecendo seu uso em obras estruturais expostas a altas pressões e/ou executadas em solos de baixa resistência.
Combinado HZ/AZ: a combinação das estacas/vigas H com os perfis AZ possibilitam atingir maiores profundidades de contenção.
De alma reta: essas estacas são planas e sua justaposição oferece pouca resistência à flexão. São projetadas para formar estruturas cilíndricas. Uma característica importante desse tipo de perfil é a capacidade de resistência à tração nos conectores.

Especificação
Em um projeto de contenção com estacas-prancha, recomendase combinar o menor peso/m² possível, a maior largura útil do perfil possível - para maior produtividade na execução - e o maior módulo de elasticidade possível. O módulo de elasticidade é a capacidade de um material suportar determinada tensão até se deformar.





Execução e assentamento de meios-fios - Revista Infraestrutura



Os meios-fios são usados para marcar, fisicamente, o limite das plataformas das vias - geralmente separando as faixas dos veículos das faixas de passeio e canteiros. Eles protegem os bordos da pista dos efeitos da erosão causada pelo escoamento de água. Os meios-fios têm a função de interceptar esse escoamento, conduzindo o fluxo d'água para pontos de coleta, como os bueiros. São moldados em concreto ou feitos a partir de rochas graníticas.
Antes de partir para a execução, é preciso:

Preparar o terreno
Para o assentamento dos meios-fios, a superfície do terreno de fundação deve estar devidamente regularizada (de acordo com a seção transversal do projeto), lisa e isenta de partículas soltas ou sulcadas. Recomenda-se também que o terreno não apresente umidade excessiva nem solos turfosos, micáceos ou com substâncias orgânicas. O Departamento de Estradas e Rodagem também indica que a suscetibilidade do solo à compactação, medida por ensaio de proctor normal, seja de 1,5% em torno da umidade ótima de compactação.

E iniciar o lançamento de concreto
Após a compactação, o terreno de fundação, ligeiramente umedecido, está pronto para receber o lançamento do lastro de concreto, que deve ser apiloado, convenientemente, de modo a não deixar vazios. É comum que contratantes públicos estabeleçam, já em edital, a não permissão para execução dos serviços durante dias de chuva.

Ao clicar sobre os números indicados no infográfico, você confere os principais procedimentos para a execução de meios-fios.

Tipos e dimensões de meio-fio
Uma hora depois do lançamento do concreto da base é o tempo máximo recomendado para o assentamento dos meios-fios. As peças devem ser escoradas, nas juntas, por meio de bolas de concreto com a mesma resistência da base, e podem ser prémoldadas ou moldadas in loco, conjugadas com sarjeta ou não. Usualmente, os meios-fios são posicionados a 15 cm de altura do pavimento - altura em que está ou será erguida a calçada. Há peças especiais para áreas que abrigam bueiros. Em geral, contratantes públicos exigem que os lotes de meio-fio pré-moldados aplicados nesse tipo de obra sejam acompanhados de certificado de qualidade.


Peças pré-moldadas para meios-fios, do tipo simples e conjugado com sarjeta, com dimensões sugeridas (em cm)



Casa construída com contêineres fica aberta para visitação até 19 de junho - Piniweb


 







Divulgação: Casa Container
Para a área da escada foi utilizado steel-frame
Os quatro contêineres formam a estrutura da casa, sendo dois dispostos no pavimento inferior e outros dois dispostos perpendicularmente sobre os primeiros, formando o pavimento superior. Segundo o arquiteto, seu objetivo era reciclar materiais e evitar a utilização de areia, tijolo, cimento, água e ferro para a estrutura, tornando o canteiro de obras mais limpo.
 
O projeto previa uma terraplanagem suave do terreno, utilizando sistema de compensação entre corte (50 cm) e aterro (até 80 cm), para deixar um único platô quase em sua cota original. Os serviços de terraplanagem e limpeza do terreno foram executados em um dia.
 
Para a fundação da casa, foram utilizadas sapatas isoladas nas extremidades dos contêineres e sob as colunas de reforço, colocadas para aguentar os contêineres superiores. De acordo com Corbas, pelo peso da construção, de 18 t (4,5 t por contêiner), não foi necessária a colocação de ferragens nas sapatas, trabalhando basicamente o esforço de compressão.
 
O isolamento termoacústico do contêiner formado por chapas de aço foi um dos quesitos que exigiu maior atenção do projetista. A lã PET e o drywall foram empregados para o isolamento das paredes, enquanto no teto foram utilizadas telhas térmicas com uma camada de poliuretano, juntamente com lã mineral basáltica.
 
O principal objetivo da casa era ser sustentável. Para isso, o arquiteto introduziu itens como sistema de reuso de água pluvial, ventilação cruzada nos ambientes, telhado verde, telhas brancas, iluminação em LED, sistema de aquecimento solar e uso de salamandra para aquecimento. A iluminação natural também faz parte do projeto: o vão formado entre os dois contêineres inferiores foi fechado com vidro, além de janelas basculantes, instaladas por toda a casa.
 
"Nós, arquitetos e engenheiros, temos a responsabilidade de transformar os atuais conceitos da construção civil, das técnicas construtivas e da arquitetura para que não estejamos tão a mercê dos interesses exclusivamente econômicos. Temos que priorizar a qualidade, transformar o mercado para que ofereça uma arquitetura perene, livre de modismos. Isso é sustentabilidade", disse Corbas.
 
A visita pode ser agendada gratuitamente pelo site do projeto.

Divulgação: Casa Container
Detalhes da casa durante a obra

Divulgação: Casa Container
O interior foi revestido com drywall e lã PET

Divulgação: Casa Container
Detalhe da casa antes da pintura

Divulgação: Casa Container
Fachada da casa

Corte de pedras com serra-mármore - EO


Vídeo mostra passo a passo os procedimentos e os cuidados para realizar o trabalho com segurança