terça-feira, 24 de maio de 2011

Reforço de fibra - Téchne



Fibras evitam fissuração e aumentam a resistência à tração dos pisos e pavimentos de concreto. Veja como utilizar diferentes tipos


Por Luciana Tamaki

Para absorver ou ao menos controlar a tendência de fissuração do concreto, o uso de fibras pode ser muito eficiente. É possível classificá-las de acordo com seu material ou sua função. Separando-as por material, existem as de aço, de vidro e as poliméricas, sendo que estas últimas podem ser microfibras ou macrofibras poliméricas.
As microfibras podem ser de náilon ou polipropileno; as microfibras, no Brasil, são todas de polipropileno. "É uma questão de desempenho do polímero, que é álcali-resistente, tem um custo competitivo comparado com outras fibras mais nobres, e é fácil de ser trabalhado", explica Públio Rodrigues, diretor técnico da LPE.
No processo de endurecimento do concreto, podem ocorrer diferentes fissuras. Para cada fissura, recomenda-se um tipo de fibra, ou seja, elas exercem funções diferentes. "As fissuras iniciais, que ocorrem até as primeiras 24 horas, podem ser combatidas com a microfibra", conta Públio Rodrigues.
Para esses casos de fissuras iniciais, também pode ser empregada a fibra de vidro. A fibra de vidro, teoricamente, deve ser usada visando ao controle das fissuras de retração de longo prazo, porém, segundo Rodrigues, são necessárias ainda informações mais precisas para projeto com esse material.
Já as fibras estruturais aumentam a resistência residual pós-fissuração do concreto, tornando-o mais dúctil. Estas podem ser as de aço ou as macrofibras poliméricas.
Fibras estruturais
"O uso das fibras estruturais possibilita o incremento da tenacidade do concreto, representada pela energia necessária para conduzir a peça ao colapso, permitindo ao concreto maiores deformações antes da ruptura", explica Marcel Aranha Chodounsky, diretor técnico da Associação Nacional de Pisos e Revestimentos de Alto Desempenho (Anapre).
Os dois tipos de fibras estruturais, de aço ou macrofibras poliméricas, têm a mesma gama de aplicações. Porém, "existe uma faixa de domínio em que cada uma é mais eficiente que a outra", afirma Públio Rodrigues. "Em cargas leves", afirma, "como estacionamento de shoppings, de edifícios comerciais, residenciais, ou seja, pisos com baixa capacidade de carga, as macrofibras poliméricas são um pouco mais competitivas. Mas quando se trabalha com cargas elevadas e pisos muito carregados, as fibras de aço são mais competitivas".
Sempre se deve considerar a relação custo-benefício para a escolha do tipo de fibra. Se, por exemplo, for necessário transportar as fibras por uma distância muito grande, as microfibras poliméricas levam vantagem por conta de custo de transporte.
Mas estes fatores não são de forma alguma limitantes, pois a situação varia conforme as características do projeto. O projetista do piso deve definir o desempenho do concreto com fibras, em valores de Re,3 (relação entre o fator de tenacidade e a resistência à tração na flexão da matriz). "Cabe ao fornecedor estipular o consumo mínimo de sua fibra de modo a garantir o desempenho especificado", conta Chodounsky.
O fornecedor deve comprovar, por ensaios, que sua fibra com dado teor atende à especificação de projeto. "No caso das macrofibras, o fornecedor deverá ainda comprovar que ela é álcali- -resistente", acrescenta Chodounsky. Ou seja, a fibra deve ter resistência química ao meio alcalino da matriz cimentícia.



Leia mais no link acima

Um comentário:

  1. Gostaria de fazer um comentário sobre as macrofibras.
    Conheci através de um cliente as fibras da Concrefiber nome Fortrand Re3 54.
    O que me chamou atenção que os resultados em laboratório e que a fibra aumentou o Fck do concreto em torno de 30% alem de atingir modulo de 35 gpa, tração 5,15 mpa a tenacidade 3,2mpa e força residual 54%.
    foi impressionantemente!!

    Sandro - Votopiso
    sandro.ferreira@votopiso.com.br

    ResponderExcluir